NinaNews #076: “Design think” a sua próxima refeição
💏 CEO da Replika diz que está tudo bem se acabarmos nos casando com chatbots de IA.
“Design think” a sua próxima refeição
Nesse artigo da IDEO (uma das maiores consultorias de design do mundo), você vai aprender 6 maneiras de aprimorar suas habilidades de design thinking a serviço de um jantar inesquecível. Vou trazer os pontos principais a seguir:
1) Comemore as restrições
As restrições são as melhores amigas do designer. Eles mantêm você no caminho certo e ajudam a tomar decisões. Sem eles, tudo é uma possibilidade e você pode ficar paralisado sem saber como proceder. Nos brainstorms, provocamos propositalmente o pensamento criativo fazendo perguntas como: E se tivéssemos zero dólares para conseguir isso? Ou e se as leis da física não se aplicassem?
Primeiro passo no planejamento do seu menu: descubra suas restrições. O que há na sua geladeira? Qual a comida típica da sua região? O que está na temporada? Quanto tempo você tem?
2) Mantenha seu público na frente e no centro
Para quem estamos projetando? Esta é a questão em que nós, como designers, devemos sempre nos basear. O que eles precisam, o que amam e o que traz à tona o que há de melhor neles?
Para um jantar, considero que meu público são tanto os comedores quanto os ingredientes. Seu crush vai comparecer? Não invista no alho para não assustá-lo. Você está querendo transformar aquele peito de frango chato que acabou de encontrar no freezer? Você vai precisar de algo forte, vibrante para dar sabor.
3) Projete para o deleite
Considere o último produto, serviço, experiência, restaurante ou consulta de saúde que você não conseguia parar de elogiar – aquele que você provavelmente descreveu com muitos detalhes para seu melhor amigo ou seu chefe. Qual é a sensação que você tem quando pensa sobre isso?
Deleite é aquela combinação particular de sentir-se cuidado e surpreender-se. Projetamos para o deleite porque isso nos ajuda a construir relacionamentos mais significativos e mais emocionais com nossos usuários, todos baseados na alegria. Não se trata apenas de “Quais são as necessidades do seu usuário?” É: "Como você pode atender a essas necessidades de uma forma que realmente as encante?"
Temperos são uma delícia. Parece chique. Parece extra. Faz com que seu pessoal sinta que você foi além por eles, porque você se importa.
4) Teste, teste, teste - e com isso quero dizer experimente
As receitas existem por uma razão: são ótimas ferramentas de aprendizagem. Mas você não pode seguir uma receita cegamente, rezando por um milagre. Afinal, quem desenvolveu essa receita? Você não conhece a vida deles. Talvez sejam uma daquelas pessoas que odeia coentro.
Quando estiver cozinhando, coloque o que está provando antes do que a receita pede. Experimente o que você gosta, perguntando continuamente: "O que está faltando? O que isso precisa? O que está funcionando aqui?"
5) Conheça suas alavancas
De acordo com o chef Samin Nosrat, as quatro principais alavancas da culinária são: sal, gordura, ácido e calor. Brincar com eles não apenas me ajuda a corrigir o curso quando as coisas vão mal, mas também eleva um prato ao nível de mestre. Quando projetamos, não podemos apenas olhar de forma isolada para o produto, serviço ou experiência que estamos projetando.
Para torná-lo sustentável, temos que nos afastar e compreender o sistema em que se insere e, em seguida, identificar as alavancas que podemos usar para criar mudanças. Quais são as variáveis críticas sobre as quais temos (ou não) controle? Preço? Prazo? Quantidade? E como poderíamos fazer perguntas diferentes e criativas para descobrir outras alavancas?
6) Aprenda a lidar com o fracasso (e aprender com ele)
Pode ser fácil ficar preso na iteração de algo que não está funcionando. Talvez precise apenas de um pouco mais de sal – ou mais doçura? Ou mais crocância? É difícil admitir, mas em algum momento você terá que parar de fazer ajustes. Às vezes o melhor é recomeçar. E tudo bem. Jogue fora e siga em frente com sua vida.
Se aprendermos a aceitar o fracasso, poderemos dar um grande passo atrás, obter alguma perspectiva e enfrentar o problema de um novo ângulo. Se pudermos aceitar e até mesmo nos alegrar com esse conhecimento, nossos próximos protótipos serão muito melhores.
📰 Notícias da semana
🇧🇷 Google adquire tecnologia de brasileiro por R$ 16,5 bilhões. O Google fechou um acordo com a startup Character.AI, fundada pelo brasileiro Daniel de Freitas e seu sócio Noam Shazeer, para licenciar sua tecnologia por US$ 3 bilhões (aproximadamente R$ 16,5 bilhões).
🗣️ Startup cria tecnologia que promete detectar sinais de burnout por meio da voz. De acordo com o site da empresa, o Sonde Cognitive Fitness é um tipo de aplicativo que monitora a atividade mental e o esforço usando amostras curtas de voz (de 30 segundos), assim como os atletas rastreiam seu esforço físico.
⚽️ iPhone e IA substituirão o VAR na Premier League. Os modelos a serem testados serão os iPhones 14 e 15 com o programa Dragon instalado, sistema que detecta impedimento e outras penalidades. Nesta primeira fase, 28 smartphones da Apple estarão presentes nos estádios — número que pode chegar a 100, se tudo correr conforme o esperado.
👋 Elon Musk encerra operação do X/Twitter no Brasil e demite funcionários. O perfil dedicado às relações governamentais confirmou o fim da operação e criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, por ações classificadas pela empresa como “censura”.
🤳 Instagram testa grade de perfil vertical para se adaptar às mudanças nas tendências de conteúdo. O head do Instagram, Adam Mosseri, confirmou que a plataforma está testando um novo layout de grade de perfil vertical, afastando-se da icônica grade quadrada. Essa mudança, refletindo a ascensão de conteúdo vertical como Reels e Stories, está atualmente limitada a um grupo seleto de usuários.
📦 Amazon chega a 100 polos logísticos no Brasil e agora entrega até de barco na Amazônia. Ao contrário de outras marcas do comércio eletrônico que terceirizam todo o processo de armazenagem do estoque de produtos, a Amazon tem sua própria subsidiária. No caso, a Amazon Logistics é a responsável por toda essa coordenação de recebimento e entrega dos produtos – que são vendidos em 99% dos casos por pequenas e médias empresas através do marketplace.
🚕 'Buzinaço' de táxis autônomos da Waymo incomoda vizinhos de estacionamento nos EUA. Carros autônomos podem buzinar quando encontram obstáculos pela rua. Mas a reunião de dezenas deles no estacionamento faz com que as buzinas sejam frequentes, por vezes ao mesmo tempo, enquanto transitam entre as vagas.
🔓 WhatsApp sofre derrota na maior ação judicial do Brasil sobre privacidade. A Justiça decidiu de forma liminar que o WhatsApp não poderá mais compartilhar os dados não-criptografados dos usuários para uso em ofertas, anúncios, sugestão de amigos, grupos e criação de perfis de usuários em outras empresas da Meta.
🎤 Google lança Gemini Live para conversas em voz com IA avançada. A novidade permite que os usuários mantenham conversas em voz mais "aprofundadas" com o Gemini, o chatbot da Google movido por IA generativa, diretamente em seus smartphones.
🎨 A nova ferramenta da Pantone visa ajudar os designers a ficarem à frente das tendências de cores. A Pantone criou uma nova ferramenta de inteligência e previsão de cores como parte de seu sistema Pantone Connect. Na linguagem tipicamente colorida da empresa, ela classifica o Color Insider como um “serviço de tendências centrado em cores esteticamente provocativo e culturalmente relevante”.
💏 CEO da Replika, Eugenia Kuyda, diz que está tudo bem se acabarmos nos casando com chatbots de IA. Isso mesmo que você leu, rs. Eugenia disse que os companheiros de IA, como os que a Replika cria, podem complementar relacionamentos da vida real e potencialmente levar a casamentos entre humanos e IA.
🤳 Meus conteúdos recentes
📹 TikTok: Melhores produtos para se levar em viagem.
📹 Reels: Case de conversão do Spotify.
📹 Reels: O que é engenharia social?
📹 YouTube: videocast com Gustavo Guanabara e Dev Steph.
👀 Curiosidade da semana
Da onde surgiu o termo “unicórnio” para startups? 🦄
O termo "unicórnio" foi cunhado em 2013 pela investidora de capital de risco Aileen Lee, fundadora da Cowboy Ventures. Ela usou essa palavra em um artigo para descrever startups que atingiram uma valorização de pelo menos 1 bilhão de dólares.
A escolha da palavra "unicórnio" foi intencional para simbolizar algo raro e excepcional, refletindo a raridade dessas empresas no ecossistema de startups. Na época, startups com esse nível de sucesso eram muito menos comuns do que são hoje, o que justificava a associação com uma criatura mítica.
Para você que ainda não me conhece: prazer, Nina! 👋 Sou mentora de UI/UX Design na Apple Developer Academy, LinkedIn Top Voice, TEDx speaker, 5x vencedora do Scholarship da Apple e apaixonada por compartilhar tudo que me inspira e me empolga na galáxia! 🪐
Me siga nas outras redes: